A missão comandada pelo assessor internacional da Presidência da República, Celso Amorim, pretendia deixar Caracas depois do almoço nesta segunda-feira, mas, segundo o próprio ex-chanceler, só deve retornar ao Brasil na terça. O Brasil está longe de ter em mãos elementos que permitam ao governo reconhecer a reeleição do presidente venezuelano Nicolás Maduro, anunciada na noite de domingo pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Perguntado sobre seus próximos passos, Amorim recorreu a uma cita de um pensador romano: “Sou amigo de César, mas sou mais amigo da verdade. Estou procurado a verdade”, declarou.
Nas próximas horas, serão consultados observadores internacionais, analistas locais e haverá conversas com governos estrangeiros. Amorim confirmou já ter falando com o dirigente opositor Gerardo Blyde, coordenador da oposição nos diálogos com o chavismo, e um dos principais interlocutores do assessor de Lula na oposição venezuelana.
“É meio difícil ter a proclamação do resultado com solenidade [como acontecerá em Caracas dentro de algumas horas], sem ter a transparência, a disponibilidade das atas”, afirmou o assessor internacional de Lula.
E acrescentou: “O sistema não permite manipulação. A dúvida que pode haver é se o total [de atas] corresponde ao que de fato cada mesa produziu”.
Sem as atas verificadas, frisou Amorim, “fica difícil o reconhecimento”.
Fonte: Blog do Magno Martins.
Rafaelly Wanderley é editora do portal Radar Político365. Atualmente é graduanda do curso de Bacharelado em Direito pela Faculdade de Ciências Humanas ESUDA. Bacharel em Administração de Empresas (SOPECE), possui MBA em Finanças, Auditoria e Controladoria pela Faculdade de Ciências Humanas - ESUDA.
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