Mais de 30 pesquisas de opinião encomendadas pelo governo federal foram colocadas em sigilo pelo governo Lula (PT), os documentos traziam informações desde 2022, quando o presidente era Jair Bolsonaro (PL).
Para realizar 33 levantamentos, o Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), empresa ligada à FSB, recebeu R$ 13 milhões. A empresa venceu uma licitação feita em 2022, cujo contrato se encerrou em abril de 2024.
De acordo com a Folha de S.Paulo, as pesquisas traziam informações sobre a opinião dos brasileiros sobre assuntos diversos. No ano de 2022, por exemplo, os levantamentos eram sobre temas como o extinto programa Auxílio Brasil, temas sobre “conjuntura nacional”, “juventude e universo feminino”, entre outros.
Já entre na lista de assuntos pesquisas a pedido do atual governo estão a avaliação do primeiro ano do terceiro mandato do petista, a visão dos brasileiros sobre o conflito no Oriente Médio, entre outros.
Para ter acesso a essas pesquisas, a Folha pediu informações por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), mas a Secom da Presidência e a CGU determinaram que esses dados não devem ser divulgados. De acordo com a Secom, uma portaria publicada no final de 2023 impede esse tipo de divulgação, justificando que esses dados podem “trazer maiores prejuízos à sociedade do que os benefícios de sua divulgação”.
A CGU manteve o sigilo dos dados, como órgão que monitora a aplicação da LAI, justificando a decisão ao dizer que as pesquisas sobre impactos de ações do governo federal “não constituem um dado frio” e ainda podem servir para futuras decisões.
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