Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro sobem nesta quarta-feira, 30, com o clima de cautela no cenário internacional após as negociações entre Ucrânia e Rússia para um cessar-fogo. Apesar dos sinais de comprometimento de ambos os lados, líderes do Ocidente viram com ceticismo as garantias de Vladimir Putin e indicam novos embargos enquanto as tropas de Moscou continuam ocupando os territórios do país vizinho. Por volta das 12h20, o dólar registrava alta de 0,5%, a R$ 4,783. Na mínima, a divisa foi a R$ 4,728 na mínima, enquanto a máxima não passou de R$ 4,785. O câmbio encerrou a véspera com queda de 0,3%, a R$ 4,758. Impactado pelo clima negativo nos mercados internacionais, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, registrava alta de 0,2%, aos 120.209 pontos. O pregão desta terça-feira, 29, fechou com avanço de 1,1%, aos 120.014 pontos, o maior patamar desde o fim de agosto de 2021.
O preço do petróleo voltou a subir nesta quarta-feira em meio ao quadro de desconfiança internacional e sinais de novas sanções contra a Rússia. O barril do tipo Brent, referência na maior parte do mundo, subia 3,7%, a US$ 114. Já o WTI, base do mercado dos EUA, também avançava 3,7% aos US$ 108. Apesar do anúncio da Rússia de reduzir os ataques na região de Kiev e Chernihiv durante a rodada de negociação com a Ucrânia, líderes do Reino Unido e dos Estados Unidos veem com desconfianças essas garantias para cessar-fogo. Em resposta a repórteres que o questionaram sobre o assunto, Joe Biden declarou que não sabe se a Rússia vai cumprir com a promessa de reduzir suas operações militares. “Vamos ver se eles seguem o que estão sugerindo. Vamos continuar atentos ao que está acontecendo”, disse. Já os britânicos indicaram que devem intensificar o estrangulamento econômico contra o Kremlin. “A pressão sobre Putin deve ser aumentada tanto por meio de novas medidas econômicas, quanto pelo fornecimento de ajuda militar para garantir que a Rússia mude completamente o curso”, afirmou o premiê britânico, Boris Johnson.
Na pauta doméstica, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou para 1,74% em março ante avanço de 1,83% em fevereiro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira. O resultado faz o indicador usado como base para o reajuste do aluguel acumular alta de 14,77% em 12 meses, contra a soma de 16,12% no mesmo período encerrado no mês passado. Desde o início do ano, o IGP-M soma alta de 5,49%. Em março de 2021, o índice havia subido 2,94% e acumulava alta de 31,1% em 12 meses. Segundo a pesquisa, os dados da inflação já sofreram influência do mega-aumento nos combustíveis anunciado pela Petrobras no dia 10 de março.
*Radar Político365 com informações da Jovem Pan.
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