Em discurso na cidade de João Pinheiro, Minas Gerais, o presidente Jair Bolsonaro voltou a mencionar a facada que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018. E disse querer voltar, neste ano de eleição, ao local onde ocorreu o atentado, em Juiz de Fora (MG).
Ao entregar certificados de terras, ele também aproveitou para exaltar os produtores rurais, uma de suas principais bases eleitorais.
– Eu quero voltar a Juiz de Fora ainda no corrente ano. Ali, aquela cidade marcou a minha vida. Boas lembranças tenho em grande maioria naquele local. Ali, os médicos e profissionais de saúde da Santa Casa salvaram a minha vida. Ali, despontou uma pessoa que, mais do que jurar a vida pela sua Pátria, tudo fará também pela nossa liberdade – declarou o presidente.
Apoiadores de Bolsonaro costumam relembrar a facada nas redes sociais sempre que o presidente é internado por causa de obstruções intestinais. Após realizar uma série de cirurgias no abdômen, parte do corpo perfurada pela faca, ele ficou com algumas sequelas.
A Polícia Federal (PF) concluiu que Adélio Bispo, o autor da facada, agiu sozinho, mas Bolsonaro insiste que há um mandante do crime. Recentemente, o inquérito foi reaberto.
Bolsonaro disse, na cerimônia de hoje, que do episódio da facada “despontou alguém que tudo fará pela nossa liberdade”. A declaração vai ao encontro de falas anteriores similares ditas pelo presidente.
Em um evento do PL, seu partido, em 27 de março, Bolsonaro afirmou que tomaria decisões “contra quem quer que seja” se tivesse apoio de seu “exército” de apoiadores, no que chamou de “luta do bem contra o mal”, em referência às eleições deste ano.
Ao entregar os títulos de terra, o presidente acenou a seu eleitorado no meio rural e exaltou os agricultores familiares.
– O nosso governo, diferente dos outros, que atrapalhavam e não faziam nada além disso, não atrapalha e colabora com o produtor rural (…). O agricultor familiar é extremamente importante para nós, brasileiros. É quem produz as mais variadas plantas agrícolas, que vão diretamente para as nossas mesas – destacou Bolsonaro.
*AE