O capitão do iate de luxo que afundou na costa da Sicília, na Itália, na semana passada, enfrentará uma investigação oficial por homicídio culposo e naufrágio negligente, anunciou o Ministério Público italiano nesta segunda-feira (26). James Cutfield, de 51 anos, era o chefe da tripulação a bordo do iate de 56 metros, que virou no meio de uma tempestade severa, matando sete pessoas, entre eles o magnata britânico Mike Lynch, sua filha de 18 anos, Hannah, e o chef do iate, Recaldo Thomas. As informações são da CNN.
Cutfield e outras 14 pessoas sobreviveram ao naufrágio – incluindo a esposa de Mike Lynch, Angela Bacares. Acredita-se que um fenômeno climático conhecido como tromba d’água, um dos vários tipos de tornados, tenha virado o iate.
No entanto, as autoridades italianas estão investigando se as ações da tripulação e o manuseio do barco contribuíram para o naufrágio fatal. Cutfield, nascido na Nova Zelândia, não está sob custódia, de acordo com promotores italianos, mas não pode deixar o país enquanto a investigação estiver em andamento.
As vítimas provavelmente estavam dormindo no momento da tempestade, disse um promotor no fim de semana, e seria por isso que não conseguiram escapar. No último sábado (24), o promotor e o chefe da equipe de recuperação do corpo de bombeiros disseram que cinco corpos foram encontrados no mesmo cômodo do navio, o que pode significar que eles estavam procurando por uma bolsa de ar enquanto o navio afundava.
Os investigadores alertaram que as circunstâncias do naufrágio permanecem em grande parte obscuras, incluindo se havia uma caixa-preta a bordo do navio e se algumas das escotilhas do navio foram deixadas entreabertas – o que explicaria por que ele afundou tão rapidamente.
A expectativa é que as equipes de salvamento levantem o Bayesian nas próximas semanas. Pela lei italiana, o custo de içar e resgatar o iate recai sobre o proprietário. Como a empresa de Angela Bacares é dona do navio, eles precisam encontrar uma empresa de salvamento, realizar o resgate e entregar o iate às autoridades italianas como parte da investigação, disse o promotor principal, Ambrogio Cartosio.
Depois que o iate for içado, os investigadores determinarão se as escotilhas estavam abertas durante a tempestade, acrescentou Cartosio. Os promotores italianos também investigarão se o imediato do navio estava na ponte quando o navio afundou e se alguém tentou alertar os passageiros sobre o perigo iminente.
*AE
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