A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Okonjo-Iweala, esteve em Brasília nesta segunda-feira, 18, e destacou a importância da exportação de alimentos do Brasil para segurar a alta de preços em todo o planeta. Ela destacou que o Brasil é uma grande potência no agro e espera trabalhar com o governo para ampliar as trocas comerciais e fortalecer o sistema multilateral para resiliência das economias. A nigeriana também falou sobre a importância da retomada das atividades do órgão de apelação para o sistema de solução de controvérsias, parado desde 2019 devido ao bloqueio de indicação de novos integrantes por parte dos Estados Unidos. Esses pontos farão parte dos debates da MC12, conferência ministerial do órgão que acontecerá em Genebra em junho.
O Itamaraty também se posicionou na defesa do sistema multilateral de comércio, pela cooperação internacional e pelo compromisso do Brasil de ampliar negociações sobre a exportação do setor do agronegócio para evitar crise alimentar global. O chanceler Carlos França destacou que, para manter e ampliar as exportações, o país precisa de acesso a insumos, como fertilizantes que o Brasil importa da Rússia, alvo de sanções. Além disso, ele disse contar com uma iniciativa que sensibilize os demais países para garantir essa logística e a segurança alimentar mundial. “Em conversa que a Dra. Ngozi teve com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, o presidente dizia que o Brasil pode exportar alimentos para o mundo e continuar mantendo contratos com países do mundo […], mas que para que a gente possa manter e ampliar a produção, precisamos garantir que os insumos que recebemos cheguem ao Brasil. […] O presidente Bolsonaro pediu à Dra. Ngozi que considere lançar uma iniciativa sobre os fertilizantes para que possamos contribuir para a segurança alimentar no mundo”, disse França.
*Radar Político365 com informações da Jovem Pan.
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