Presa novamente nesta terça-feira (10/09), Deolane Bezerra será encaminhada para a Colônia Penal Feminina de Buíque, no Sertão de Pernambuco. Na decisão obtida pela coluna, a Justiça informa que a unidade foi escolhida por “contribuir para a estabilidade da situação e para o bom andamento do processo, longe da influência direta e intensa de centros urbanos”.
A influenciadora foi detida pela primeira vez na semana passada, suspeita de participação num esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Fontes ligadas à investigação indicam que a prisão em Buíque é um sinal de piora para Deolane. Até esta segunda-feira, ela estava na Colônia Penal Feminina do Bom Pastor, em Recife, considerada referência nacional.
Já a prisão em Buíque fica a 279 km da capital pernambucana, distância que pode ser percorrida em mais de 4 horas de carro. De acordo com a Polícia Civil, a nova prisão ocorreu pelo “descumprimento de medidas cautelares impostas pela Justiça para a concessão de sua prisão domiciliar”. Ela concedeu entrevistas assim que deixou o Bom Pastor, indo de encontro à determinação judicial.
Em sua decisão, a juiza Andréa Calado da Cruz afirmou que a prisão de Deolane longe do Recife é necessária para “resguardar a paz pública”. Em outro trecho, a magistrada escreve: “A escolha pela Colônia Penal Feminina de Buíque se deve ao fato de que, por estar situada no interior, oferece condições que podem contribuir para a estabilidade da situação e para o bom andamento do processo, longe da influência direta e intensa de centros urbanos”.
Como mostrou o Metrópoles, centenas de fãs de Deolane ficaram em frente ao Bom Pastor, à espera de novidades sobre a influenciadora. A juíza considerou que tal animosidade poderia atrapalhar a “tranquilidade das demais presas”.
Juíza afirma que Deolane tentou obstruir a Justiça
A júiza Andréa Calado da Cruz considerou que apóis a concessão dos habeas corpus nessa segunda, Deolane “imediatamente descumpriu as medidas cautelares” ao dar entrevistase afirmar que sua prisão foi abusiva. “É importante esclarecer que a investigada não é uma pessoa comum e que sua influência é significativa, dado o seu alcance com mais de 21 milhões de seguidores nas redes sociais. Ao alegar que sofre abuso de autoridade sem apresentar provas substanciais, ela claramente busca obstruir a justiça. É evidente que sua intenção é mobilizar a opinião pública a seu favor, numa estratégia planejada para pressionar o sistema judicial e desviar a atenção dos fatos reais do processo”, afirmou a magistrada.
“Não se pode olvidar, que a investigada possui uma capacidade significativa de moldar a opinião pública. Suas alegações de abuso de autoridade e suas manifestações públicas podem incitar apoio popular e criar um ambiente de pressão sobre as instituições judiciais, o que pode prejudicar o caminhar do processo”, concluiu a juíza.
Fonte: Metrópoles.