A Alemanha decidiu reimplantar controles migratórios em suas fronteiras terrestres com outros países da União Europeia, com o intuito de reforçar a segurança interna e gerenciar a imigração. Essa ação gerou críticas de diversas nações da UE, que veem a medida como uma ameaça ao princípio da livre circulação de pessoas no Espaço Schengen. Os novos controles afetam as fronteiras com França, Luxemburgo, Bélgica e Dinamarca, além das já existentes com Áustria, Suíça, República Tcheca e Polônia, que estão em vigor desde junho. Os viajantes que desejam entrar na Alemanha agora precisam apresentar documentos pessoais, como passaporte e, quando necessário, visto.
A ministra do Interior, Nancy Faeser, destacou que a intenção é combater a migração irregular e identificar possíveis radicais islâmicos. Para implementar essas restrições, a Alemanha acionou um mecanismo do acordo Schengen que permite a imposição de medidas temporárias em situações de “grave ameaça” à segurança interna. Tradicionalmente reconhecida por sua política de acolhimento, a Alemanha tem adotado uma abordagem mais rigorosa em relação à imigração, motivada por preocupações com segurança e mercado de trabalho.
Uma pesquisa recente indicou que 44% da população alemã apoia a implementação de políticas de controle migratório. O partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) tem visto um aumento em seu apoio nas eleições, refletindo essa mudança nas percepções da sociedade.
Além disso, o governo alemão tem se esforçado para aumentar o número de deportações e dificultar a entrada de solicitantes de asilo. Essas ações têm gerado descontentamento entre países vizinhos, como Polônia e Áustria, que consideram as medidas da Alemanha inaceitáveis e ilegais.
A Grécia, embora não compartilhe fronteiras com a Alemanha, expressou sua preocupação de que essas novas restrições possam intensificar a pressão sobre seu território, que já é um importante ponto de entrada para imigrantes.
Fonte: Jovem Pan.