Nesta quarta-feira (29), o governo dos Estados Unidos confirmou a desaceleração econômica no primeiro trimestre de 2022, que foi de 0,4% em comparação com o trimestre anterior, e aumentou a taxa anual de declínio em um décimo de ponto percentual, para 1,6%.
Segundo dados divulgados pelo Escritório de Estatísticas Trabalhistas americano (BEA), esse declínio veio em um momento de ressurgimento da pandemia de Covid-19, com casos da variante Ômicron e outros fatores, como problemas na cadeia de fornecimento.
Vários indicadores empurraram o PIB para baixo nos primeiros três meses do ano, como as exportações, que diminuíram, assim como os gastos do governo e os investimentos privados.
As importações e os gastos dos consumidores e os investimentos fixos residenciais aumentaram de acordo com essa estatística.
Entretanto, a estimativa anual do PIB foi revisada para baixo, porque o consumo de bens e serviços aumentou menos do que o inicialmente estimado.
Os dados econômicos dos EUA são divulgados contra um pano de fundo de receios de recessão econômica no país.
A alta inflação, de 8,6% de acordo com o último indicador, de maio, é a principal preocupação do governo e do banco central (Fed), que mais uma vez aumentou as taxas de juros e planeja continuar a subi-las até conseguir conter o aumento dos preços ao consumidor.
Em meados de junho, o Fed anunciou um aumento de 0,75 ponto na taxa de juros oficial, o maior aumento em 28 anos, e o presidente da instituição, Jerome Powell, afirmou que outro aumento de 0,75 ou 0,5 ponto provavelmente será feito em julho.
*EFE