O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) repudiou, neste sábado (16), um vídeo divulgado nas redes sociais contendo os bastidores de uma cena que retrata um assassinato fictício do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em uma postagem no Twitter, Mourão chamou a gravação de “imoral”.
– Repudio veemente qualquer ato que possa estimular a violência a quem quer que seja. Está circulando nas redes um “filme” que demonstra o suposto assassinato do nosso presidente. Isso não é arte! Isso é um ato imoral à Nação e ao governo federal – escreveu.
Após a divulgação do vídeo, alguns internautas levantaram a hipótese de as cenas terem sido gravadas pela Rede Globo. Em resposta, a emissora emitiu um comunicado negando ter ligação com a gravação das imagens.
– A Globo desmente que pertençam a produções suas (seja para canal aberto, canais fechados próprios ou Globoplay) vídeo e fotos que estão circulando nas redes sociais de gravação de obra ficcional mostrando um atentado ao presidente da República. A Globo não tem nenhuma série, novela ou programa com esse conteúdo – declarou.
Na sequência, a emissora da família Marinho disse ter apurado a origem do vídeo e que ele faria parte de um filme chamado A Fúria, do cineasta Ruy Guerra.
– Segundo foi informada, a gravação seria de um filme do cineasta Ruy Guerra chamado A Fúria, que pretende fechar a trilogia iniciada com Os Fuzis, de 1964, e A Queda, de 1976.
A empresa reconheceu, no entanto, ter participação acionária no Canal Brasil, emissora de TV por assinatura que possui 3,61% nos direitos patrimoniais do filme em questão. De acordo com a Globo, o canal não tinha conhecimento das imagens, e a emissora não interfere nos conteúdos dele.
– O Canal Brasil tem uma participação de apenas 3,61% nos direitos patrimoniais desse filme, mas jamais foi informado dessas cenas e, como é praxe em casos de cineastas consagrados, não supervisiona a produção. Embora tenha participação acionária no Canal Brasil, a Globo não interfere na gestão e nos conteúdos do canal – completou.